A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan está prestes a atingir um marco significativo em seu desenvolvimento. Espera-se que os dados de eficácia sejam enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda este ano, com a possibilidade de aplicação das primeiras doses em 2025.
O contexto atual, marcado por um surto da doença devido ao aquecimento global e El Niño, destaca a importância de um novo imunizante. A vacina do Butantan pode ser uma alternativa valiosa, especialmente considerando a escassez de doses da vacina produzida pelo laboratório japonês Takeda.
O infectologista Esper Kallás, diretor do Butantan, informou que o instituto está próximo de concluir os cinco anos de acompanhamento dos voluntários, permitindo a avaliação da longevidade da proteção induzida pela vacina. A expectativa é apresentar um relatório à Anvisa no segundo semestre de 2024 para obter o registro do imunizante.
Na quarta-feira (31), o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deu um prazo até setembro de 2024 para a conclusão dos trabalhos de desenvolvimento da vacina. De acordo com o estudo, a vacina do Butantan tem eficácia de 79,6%, semelhante à Qdenga, com 80,2%. O diferencial crucial é que a vacina do Butantan será administrada em dose única, oferecendo proteção rápida e simplificando a logística de vacinação.
Até o momento, não está claro se quem recebeu a vacina da Takeda poderá receber a do Butantan posteriormente, mas a inovação da dose única pode representar um avanço significativo no combate à dengue.
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