Santa Catarina enfrenta um surto alarmante de dengue em 2024, com um aumento de mais de 700% nos casos em comparação ao mesmo período do ano anterior. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) confirmou 267.977 casos prováveis da doença até 15 de maio, resultando em 182 mortes. Em 2023, até essa data, haviam sido registrados 34.744 casos e 38 óbitos.
Esse crescimento na incidência da dengue ocorre em um cenário de baixa cobertura vacinal. A vacina, destinada principalmente a crianças entre 10 e 14 anos, apresenta taxas de vacinação de 34,86% no Norte, 18,98% na Grande Florianópolis e apenas 4,53% no Médio Vale do Itajaí. As campanhas de vacinação começaram em diferentes períodos: em fevereiro no Norte, em março na Grande Florianópolis e em abril no Médio Vale do Itajaí.
Tharine Dal-Cim, bióloga da Dive, destacou que aproximadamente 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, são encontrados dentro das residências. Os principais criadouros incluem ralos, calhas, caixas d'água destampadas e recipientes com água acumulada.
Para combater a proliferação do mosquito e a transmissão da dengue, as autoridades de saúde reforçam a importância de eliminar locais com água parada. Recomenda-se cobrir recipientes de água, limpar detritos de calhas e manter a manutenção regular de piscinas.
A comunidade é instada a participar ativamente das medidas preventivas, visto que o controle da dengue depende da colaboração de todos para evitar novos focos de mosquito e proteger a saúde pública.
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