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Terça-feira, 08 de Outubro de 2024
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Projeto de Lei polêmico sobre exame de estupro de menores de idade gera debate em Santa Catarina

Em 2021, a legislação catarinense foi alterada para que as vítimas fossem "preferencialmente" atendidas por médicas peritas mulheres.

Projeto de Lei polêmico sobre exame de estupro de menores de idade gera debate em Santa Catarina
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Um Projeto de Lei que permite médicos peritos homens examinarem vítimas de estupro menores de idade deve ser votado nesta semana na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A proposta busca resolver o problema da falta de médicas peritas para realizar os exames necessários, já que o estado tem apenas 15 profissionais mulheres disponíveis para esse trabalho.

Em 2021, a legislação catarinense foi alterada pelo então governador Carlos Moisés, que sancionou a lei para que as vítimas fossem "preferencialmente" atendidas por médicas peritas mulheres. No entanto, a mudança foi derrubada pela Alesc. O deputado Nilso Berlanda (PL) criou o Projeto de Lei 62/2021, que busca novamente mudar a regra.

O PL foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente em abril deste ano. Especialistas e autoridades estão divididos em relação ao impacto da mudança na legislação. O promotor de justiça Alexandre Carrinho Muniz destaca que o baixo número de profissionais mulheres representa um obstáculo à legislação atual e pode inviabilizar o exame em comarcas com estrutura pequena.

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Segundo o Anuário de Segurança Pública de 2022, cerca de 75,5% das vítimas de estupro são vulneráveis e 88% são mulheres. Já o estudo sobre a Prevalência de Estupro no Brasil, publicado pelo Ipea no início de março, destaca que a maioria dos autores do crime são homens, e a psicóloga Ana Carolina Maurício alerta que a perícia feita por um médico homem aumenta as chances de revitimização no caso de estupro.

A discussão, segundo ela, não deve ser atrelada à ética e capacidade do profissional, mas sim, às vítimas. O PL ainda gera debate e polêmica em Santa Catarina, e a votação deve ser acompanhada de perto por diversos setores da sociedade.

 
 
 
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