A Polícia Federal do Brasil conduziu com sucesso a "Operação Trapiche" na quarta-feira, 8 de novembro, que resultou na prisão de suspeitos envolvidos em um planejamento de atos de terrorismo em solo brasileiro. A operação, que envolveu a execução de 11 mandados de busca e apreensão, foi realizada simultaneamente em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Os suspeitos brasileiros foram detidos sob a acusação de planejar atos de terrorismo no país, e um deles foi interceptado pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, enquanto retornava de Santa Catarina. A investigação que levou à operação foi desencadeada por informações de inteligência fornecidas pelos governos de Israel e dos Estados Unidos, alertando sobre o recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah, um grupo baseado no Líbano.
As autoridades revelaram que os indivíduos haviam realizado recentes viagens a Beirute, onde negociaram com representantes do Hezbollah, discutindo colaborações em atos terroristas, potenciais alvos e o recrutamento de executores para os ataques planejados.
Os dois suspeitos brasileiros detidos estão sob prisão temporária de 30 dias e estão programados para prestar depoimento ainda hoje. Além das ações no Brasil, foram emitidos dois mandados de prisão para brasileiros com dupla nacionalidade no Líbano, cujos nomes foram comunicados à Interpol.
O material apreendido durante a operação inclui celulares, computadores e documentos que podem fornecer evidências adicionais sobre o planejamento de atos extremistas e o recrutamento de mais indivíduos para a causa terrorista. Aqueles envolvidos no recrutamento ou potencialmente recrutados enfrentam acusações sérias sob a Lei Antiterrorismo, com penas que podem chegar a até 15 anos e seis meses de reclusão, sendo considerados crimes hediondos com regime fechado e sem prescrição. A Operação Trapiche representa um esforço proativo e preventivo da Polícia Federal no combate ao terrorismo e na proteção da segurança nacional.