A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta semana a primeira morte por gripe aviária em todo o mundo em 2023. A vítima foi uma mulher de 56 anos que morava na província de Guangdong, na China, e apresentou sintomas em fevereiro deste ano. A paciente foi hospitalizada e morreu em março, após ser diagnosticada com pneumonia grave causada pelo vírus H3N8, responsável pela gripe aviária.
Segundo a OMS, este foi o terceiro caso de gripe aviária em humanos em todo o mundo e todos ocorreram na China. A organização destacou que não foram encontrados outros casos entre pessoas próximas à vítima, o que sugere que o vírus não tem a capacidade de se espalhar facilmente de pessoa para pessoa.
No entanto, a entidade reforça a importância da vigilância global para detectar eventuais alterações virológicas, epidemiológicas e clínicas associadas aos vírus influenza circulantes.
A paciente tinha comorbidades e histórico de exposição a aves vivas antes do início dos sintomas da doença, além de contato com pássaros selvagens dentro da própria casa. A OMS avalia que o risco de disseminação da gripe aviária entre humanos é baixo, mas alerta para a necessidade de adoção de medidas preventivas.
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou uma portaria que suspende a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves em todo o território nacional, como medida preventiva contra a gripe aviária. A suspensão tem validade de 90 dias e foi tomada em função do risco de ingresso e disseminação da doença no país. Em janeiro, o governo federal já havia alertado para a necessidade de adoção de medidas preventivas contra a gripe aviária.