A sexta-feira (8) começou agitada em diversas cidades de Santa Catarina, com floriculturas recebendo uma demanda intensa e filas se formando à porta. No entanto, por trás dessa movimentação aparentemente festiva está uma realidade sombria que não pode ser ignorada. Enquanto as mulheres são celebradas neste Dia Internacional das Mulheres, os números de violência de gênero no estado são alarmantes.
De acordo com dados apresentados pela defensora pública de Chapecó, Michele Andressa Alves, a cada hora são registrados oito crimes contra as mulheres em Santa Catarina. E esse não é um problema distante. "Somente em nosso município, em 2023, foram contabilizados nove feminicídios", revelou Alves. Os números corroboram uma situação preocupante: a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina informou que em 2023 o estado registrou 56 feminicídios, e apenas em janeiro deste ano já foram registrados cinco casos.
Enquanto as mulheres recebem gestos de carinho e atenção neste dia especial, é crucial que a sociedade também reflita sobre a necessidade urgente de enfrentar e combater a violência de gênero em todas as suas formas. O Dia Internacional das Mulheres não pode ser apenas uma data de comemoração, mas também um lembrete do trabalho contínuo necessário para alcançar a igualdade e a segurança para todas as mulheres.
Em nossa região, no vale do rio Tijucas, o panorama não é diferente.
Diariamente, ao abrir os jornais, vemos notícias de casos de feminicídio, violência contra a mulher, abuso e diversos outros tipos de violência.
Infelizmente, esses relatos não são apenas estatísticas distantes, mas histórias que ecoam em nossas comunidades, provocando um sentimento de medo e indignação. Mulheres estão sendo vítimas dentro de seus próprios lares, muitas vezes por pessoas próximas a elas, em um ciclo de violência que persiste e se agrava.
É fundamental que esses casos não sejam apenas noticiados, mas que também gerem uma reflexão profunda em nossa sociedade sobre a cultura do machismo arraigada em muitos de nossos costumes e práticas. Precisamos agir coletivamente para promover uma mudança real, que garanta a segurança e o respeito às mulheres em todas as esferas da vida.
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