No último dia 21 de outubro, a Justiça condenou o ex-prefeito de Canoinhas, Beto Passos, e o ex-vice-prefeito, Renato Pike, por crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Passos recebeu a pena de 16 anos e seis meses de prisão, enquanto Pike foi condenado a uma pena de 62 anos, oito meses e 14 dias em regime fechado, além de ser obrigado a indenizar o município em R$ 2 milhões. A sentença é resultado da Operação Et Pater Filum, deflagrada pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) em conjunto com a 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas.
Outros envolvidos no esquema também foram sentenciados. Dois réus, cujos nomes não foram divulgados, receberam penas de 16 anos e seis meses em regime fechado. João Engelberto Linzmeirer, ex-secretário municipal de Planejamento, foi condenado a três anos e sete meses, mas poderá cumprir a pena com serviços comunitários e pagamento de quatro salários-mínimos.
Apesar das condenações, tanto Pike quanto Passos poderão recorrer da decisão em liberdade. A advogada de Pike, Silvia Domingues Santos, declarou que a defesa recebeu a sentença “com surpresa” e que buscará reverter a condenação. Já Fabíola Bubniak, advogada de Passos, afirmou que a pena imposta a ele excedeu o acordo de delação de 16 anos, o que motivará recurso da decisão.
A Operação Et Pater Filum investigou por anos a atuação do grupo, que teria se beneficiado financeiramente do poder público em Canoinhas. As condenações representam uma medida rigorosa da Justiça contra crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na região.
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