Após a denúncia de que um médico da Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha, teria receitado uma planta e dito para uma paciente que ela poderia “voltar para morrer em casa”, repercutir nas redes sociais, os responsáveis pela administração da unidade hospitalar se pronunciaram e trouxeram novas informações sobre o caso.
Em entrevista exclusiva para a rádio Canelinha FM, a diretora do hospital Vanderléia Rosa e o responsável técnico, Dr. Fernando Oto Santos, afirmaram que o problema pode ter sido causado por uma falha na comunicação entre médico e paciente.
“O caso aconteceu no último sábado, e tivemos que apurar pois a denúncia, em momento algum, foi feita para o Hospital ou autoridades responsáveis, e sim na imprensa. Nós não tínhamos ideia quem poderia ser a paciente. Tivemos que procurar os registros”, afirmou Dr. Fernando.
Ainda segundo o diretor técnico, a paciente em questão possui uma doença crônica, e chegou na unidade reclamando de dores e inchaço nas pernas e pés.
“Eu tive acesso a ficha dela. Trata-se de uma senhora que tem uma doença crônica. Ela foi medicada no momento do atendimento, com medicação injetável. Acredito, inclusive, que a dor que ela estava sentindo deve ter passado momentaneamente”, comentou o diretor.
Fernando afirma, ainda, que não é possível saber o teor do que de fato foi dito dentro do consultório, afinal, somente paciente, médico e acompanhante estavam presentes na sala.
“Nós acreditamos, e ainda estamos averiguando, que o que pode ter acontecido é que a médica possa ter prescrito esse tratamento adjuvante, a “folha-gorda”, no sentido de tentar ajudá-la. A conduta médica é de cada médico. O tratamento que ela prescreveu não é condenado pela medicina normal, é um tratamento válido, quando ele é justamente isso: complementar ao tratamento que a paciente já faz”, explicou o diretor técnico.
A diretora da Fundação Hospitalar, Vanderléia Rosa, afirma que a paciente em momento algum procurou a direção do hospital para relatar o fato, e questionar qualquer eventual situação de negligência ou conduta da profissional.
“Nós não fomos procurados. A paciente não procurou a direção do hospital em momento nenhum para conversar, ou relatar o suposto comportamento do médico. Nós estamos sempre à disposição da comunidade, e em casos como esse, o que deve ser feito é procurar imediatamente a direção. Somente assim nós poderemos, de fato, averiguar de maneira precisa todo e qualquer detalhe que possa levar a resolução de situações como essa”, comentou Vanderléia.