O surgimento da sogata, também conhecida como cigarrinha-do-arroz, tem gerado preocupação entre os produtores de arroz do Sul de Santa Catarina. Apesar de seu tamanho diminuto, o inseto é considerado uma praga no cultivo do arroz, causando danos significativos às plantações.
Segundo o agrônomo da Cooperja, Jordanis Hoffmann, nas últimas semanas, a presença da sogata tem se intensificado na região. "Embora não seja uma praga nova no arroz, é relativamente recente no Brasil, especialmente em lavouras catarinenses", explicou.
Atualmente, o inseto é encontrado em toda Santa Catarina, devido à sua habilidade migratória através das correntes de vento. "Sua proliferação é rápida e em grande quantidade", destacou Hoffmann. Ele ainda explicou que durante uma safra podem ocorrer duas a três gerações da cigarrinha, cujo ciclo é extremamente rápido. Apesar de sua preferência pelo arroz, o inseto pode se desenvolver em outras gramíneas, como canevão e grama boiadeira.
A cigarrinha-do-arroz transmite uma virose conhecida como vírus da folha branca do arroz, embora ainda não tenha sido registrado no Brasil. No entanto, sua presença nas lavouras impacta negativamente na produtividade, tornando as plantações menos produtivas.
O inseto se alimenta sugando a seiva das folhas, caules e panículas, causando inicialmente um aspecto amarelado na lavoura, seguido pelo ressecamento das plantas, especialmente das folhas. Além disso, sua atividade prejudica a produtividade, uma vez que os nutrientes que seriam direcionados para o enchimento dos grãos são desviados, dificultando o processo de fotossíntese.
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